quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Compilações

Os últimos posts deste blog foram, para mim, uma estrada iluminada em meio a escuridão. Poucos foram aqueles que compreenderam, e menos ainda os que comentaram, mas isso não tem importância... coloca-los aqui foi como desenvolver uma mandala, um mapa espiritual, por onde meditei e cheguei a conclusões consoladoras.

Na sexta-feira, 13/02, passava por um tormento do coração. Não me recriminem... sou humano, e por mais que tente ser implacável naquilo que faço, e naquilo que vivo, também levo meus tombos. E este dia foi especial. “Decepções” foi a borda da minha mandala, e indicava o caminho por onde eu estava começando a caminhar...

“Ainda que eu ande pelo vale da morte”, alguma coisa ou alguém me ilumina a enfrentar meus medos. E foi assim que, em 16/02, escrevi “Cultivando Tigres e Dragões”. O segundo passo em direção ao centro de minha mandala, um texto que falava sobre aceitar os problemas e lidar com eles. Pois bem... aprendi esta lição. E doeu.

Mas a dor não foi motivo para parar minha peregrinação rumo a minha alma. Em angústia, busquei paz na filosofia budista, e no dia seguinte (17/02) enfrentei meus medos com “Sobre as Dores”. Aprendi a fechar os olhos no meio do desespero e meditar cuidadosamente sobre os efeitos fisiológicos e psicológicos das dores. E encontrei uma cura!

Saí dessa meditação percebendo o que são escolhas, e quais suas implicações. Por isso, em 19/02 fiz a analogia com o texto “Só um Hobby”. Eu sabia que deveria podar certas arestas da minha vida, e deixar outros ramos crescerem. Só assim a dor sumiria, e eu chegaria à primavera com folhagens saudáveis e frondosas. Eis que surgiu a insegurança para faze-lo.

E no meio da insegurança, senti e escrevi a “Preocupação” em 20/02. Eu meditei novamente, e percebi o que era a preocupação. A musculatura do meu peito se comprimindo, o suor frio, os tremores, a gastrite. Contemplei meu corpo em desespero e busquei o significado psíquico da minha angústia. Encontrei! Traduzi.

Após esses poucos dias em que passei por esta metamorfose trago este relatório de como a vida é cíclica e organizada... por mais que pareça caótica. Não me sinto ainda no centro da mandala, em nirvana, mas estou perto. Me sinto em paz e feliz, embora não esteja livre dos sentimentos negativos.

Decepção, raiva, preocupação... tudo isso me atormenta ainda, mas agora eu descobri seus segredos. Descobri como encará-los e administra-los. No final disso tudo, saí ganhando, pois consegui fazer justamente o que mais gosto: CRIAR!

Como pessoa e profissional, me libertei.

OBS¹: Meu portfólio ao lado está incompleto, mas vou atualizá-lo logo. Basta clicar sobre ele, e você será direcionado ao meu álbum no Google PicasaWeb. E não esqueçam de alimentar minha lhama!
OBS²: Uma mandala é uma espécie de mapa espiritual utilizado por monges budistas (especialmente os Tibetanos) para se atingir o centro espiritual de si mesmo. Em suas bordas, ela apresenta conceitos que devem ser meditados rumo ao centro. Ao se atingir o centro da mandala em meditação (geralmente representada pelo símbolo ying/yang), atinge-se o equilibrio energético e psicológico para se compreender os dilemas que o atormentam.
OBS³: Só pra cultivar minha vaidade, devo comentar que utilizo a filosofia da mandala para criar respostas para empresas que me procuram, em busca de respostas comunicacionais. Observo todos os aspectos da empresa, de fora (comunicação e relacionamento com o cliente, etc) pra dentro (endocomunicação e relacionamento com funcionários, etc), antes de propor soluções.

Um comentário:

Karla Moreno disse...

E é exatamente isso que devemos fazer. Como diz a frase "juntar o útil ao agradável". O certo é fazermos da dor, da insegurança, e tudo mais que incomoda, bom uso. Como reciclar pensamentos e casos. Pra no fim, somar tudo que ainda assim, fica em nós. O nome disso é experiência.

Beijos, e obrigada pela visita e comentário!
Kakau.